O Espaça é amor, e o ato político está na proposta, no local, na interação e até mesmo na comida (vegana). Apensar de enquadrar aqui como um restaurante e local para artesanato, é importante ressaltar que na verdade não é nenhum destes, mas sim um espaço comum para discussões, troca de ideias, atividades, oficinas e outros. Fui lá mais de uma vez com amigas, onde ocorreu um jantar delicioso e muito querido, preparado pelas meninas da casa e com colaboração de R$15,00 para o prato principal, entradinha e bebida. A melhor parte é que o rango é vegano, trazendo também a reflexão do especismo como interligado ao machismo e sociedade patriarcal (maior parte dos animais que sofrem com a indústria são fêmeas). O local é uma casa que se propõe a discutir diversas temáticas do feminismo dentro de variadas óticas teóricas e ações práticas que ocorrem na Capital. Após a janta é feita uma roda de conversas e assuntos e acontecimentos são problematizados. A primeira vez que fui foram vendidos santuários com clitóris dentro, feito de uma artista maravilhosa que está morando aqui no Brasil. Outras produções artísticas e artesanais de meninas foram comercializadas e apresentadas, e no caso, o ambiente era livre para a troca de ideias e para levar o que quisesse. O objetivo: as minas se ajudarem. Quanto ao espaço, é amplo e super aconchegante, nos eventos que fui, no inverno, uma fogueira ficava no meio para aquecer e reunir o pessoal. Aos fundos da casa há uma horta e também os cachorros. A proposta é que o local seja um refugio para as mulheres, casa de troca de ideias, oficinas diversas e que quem quiser possa sempre passar por ali e ficar um pouquinho para bater um papo ou ajudar a construir o espaço.