O que é São Paulo? Muitas coisas. Para o Brasil, é o coração financeiro e um centro de negócios em rápido desenvolvimento que atrai investimentos de todas as partes do mundo. Para o restante do planeta, é a cidade mais populosa fora da Ásia e a quarta maior em população globalmente. E para os turistas que visitam o Brasil ou a própria São Paulo, é um caldeirão cultural com influências de mais de 200 países, o que resulta em uma vasta tapeçaria de tradições.
A gastronomia aqui é tão variada quanto a composição étnica da metrópole. Da oriental e nórdica à africana e sul-americana, é possível experimentar praticamente qualquer cozinha que a civilização tenha criado. Neste artigo, porém, vamos focar nos pratos brasileiros mais queridos dos locais, que refletem a rica história deste magnífico país.
Feijoada. Imagem: Melsj. Licença: Creative Commons Attribution-Share Alike 4.0. Original recortado.
A feijoada é o prato brasileiro mais popular no mundo. No próprio país, a feijoada é onipresente: as pessoas a preparam e comem em toda a parte. Além disso, é uma comida verdadeiramente democrática, apreciada em todas as camadas da sociedade.
A feijoada clássica brasileira é um generoso guisado feito com feijão-preto e ingredientes como tomate, cenoura e repolho, além de carne de porco – especificamente, cortes menos nobres, como pés e orelhas. Uma rodela de laranja por cima remete à receita original da feijoada. O prato é acompanhado de arroz, farofa e vegetais fritos como couve. Salsichas, como parte do guisado ou apenas um acompanhamento, é outro componente que pode aparecer em seu prato.
Quanto à história da feijoada, ela está ligada aos escravos africanos trazidos para o Brasil há séculos. Eles não tinham muita escolha em termos de alimentação e se contentavam com o que estava disponível. Daí a receita da feijoada: inclui o que seus senhores rejeitavam. Com o passar dos anos, ela subiu na hierarquia gastronômica, tornando-se um prato nacional.
Localizado na zona sudeste de São Paulo, na avenida Nova Independência, 453, o Nordeste a Mesa é um restaurante brasileiro frequentemente elogiado online por sua excelente feijoada. O cardápio inclui uma variedade de pratos típicos, a maioria originária do Nordeste do Brasil.
Com cerca de 1.200 avaliações no Google, o Nordeste a Mesa possui uma nota de 4,7, o que é bastante alto para uma casa de proposta simples. Os motivos são óbvios: comida brasileira de alta qualidade e um ótimo atendimento – tudo o que é necessário para uma experiência memorável.
A farofa é um prato salgado que serve de acompanhamento na culinária brasileira, o principal ingrediente da qual é a farinha de mandioca ou de milho, em geral passada na gordura, e à qual você pode adicionar outros ingredientes tais como milho, bacon frito, salsichas, ovos, salsinha, cebolas, bananas e repolho, entre outros.
Farofa. Imagem: Melsj. Licença: Creative Commons Attribution-Share Alike 4.0. Original recortado.
O ingrediente principal da farofa é a farinha de mandioca ou de milho. A farinha é torrada com gordura e, em seguida, adicionam-se diversos ingredientes, como ovos, bacon ou salsicha, para tornar o prato mais nutritivo, e vegetais ou frutas, como salsa, cebola e banana, para acrescentar sabor. Versátil, a farofa não se limita a uma única receita, podendo também ser combinada com carne defumada ou especiarias exóticas, para citar apenas alguns exemplos.
Um alimento imprescindível da culinária brasileira, a farofa pode ser encontrada em supermercados, embalada em pacotes, e provavelmente não há família no país que não a prepare regularmente em casa.
Sua origem é bastante interessante. Segundo uma das teorias, a farofa surgiu antes mesmo da colonização do Brasil pelos portugueses. Sua invenção é atribuída aos tupi-guarani, um dos povos indígenas do país. Eles torravam farinha de mandioca sobre o fogo, em um casco de tartaruga, para que o calor soltasse a gordura animal e enriquecesse o prato. Atualmente, ninguém cozinha farofa dessa maneira, mas a abordagem básica permanece inalterada ao longo dos séculos.
Se um restaurante carrega em seu letreiro o nome do prato que você quer experimentar, é sinal claro de que deve fazer uma parada ali. No Maria Farofa Bar e Restaurante, a farofa é preparada com maestria e se destaca pelo sabor excepcional, como comprovam as avaliações online.
O cardápio da casa oferece os clássicos da culinária brasileira e portuguesa: diversos tipos de paletas, vatapá, moqueca e sobremesas como canjica e quindim. Para uma experiência completa, acompanhe a refeição com uma boa cerveja. O Maria Farofa Bar e Restaurante é um destino popular entre os locais, o que reflete o compromisso dos proprietários com a qualidade e a autenticidade em cada detalhe.
É um sopa de camarão e paixe com nozes, um prato do dia a dia no Brasil que vêm com arroz branco por cima.
Vatapá. Imagem: Elingunnur. Licença: Creative Commons Attribution 3.0. Original recortado.
A culinária brasileira propõe uma variedade de iguarias com consistência de creme. O vatapá é um prato farto que você não pode deixar de experimentar em São Paulo ou em qualquer outra parte do país. A base da receita é uma pasta feita de amendoim moído, pão, azeite de dendê, leite de coco, peixe e camarão. As receitas podem variar, mas esses ingredientes são os que melhor representam o vatapá.
Suas origens remontam ao século XVI. Acredita-se que foi inventado pelos escravos trazidos da África Ocidental para o Brasil. Atualmente, é um prato frequente na mesa das famílias brasileiras no estado da Bahia e nas regiões Norte e Nordeste do país. Se ainda não teve a oportunidade de provar o vatapá, abaixo sugerimos um lugar ideal para desfrutar desse quitute.
A Bahia, um dos estados do Brasil, é considerada o berço do vatapá. Então, o restaurante Consulado da Bahia, como sugere o nome, é exatamente o local para conhecer o verdadeiro sabor dessa iguaria.
Com um interior bastante funcional, o estabelecimento é perfeito para receber grupos grandes e pequenos, oferecendo um menu que tem opções inclusive para quatro pessoas. Além do vatapá, não deixe de provar outras especialidades de frutos do mar. Um destaque é a moqueca, que mereceu uma seção inteira no cardápio do Consulado da Bahia.
São ervilhas descascadas, que são fritas em óleo de palma até dourarem. Camarão frito, tomates e pasta de camarão são adequados para o recheio deste prato. O proato não só é increivelmente saboroso, mas também barato.
Acarajé. Imagem: Claudia Baiana. Licença: Domínio Público. Original recortado.
O acarajé não é um salgado qualquer. A massa deste prato é feita de feijão-fradinho, pimenta, sal e cebola, mas os cozinheiros podem modificar a composição da receita a seu critério. O recheio, que vem totalmente ou parcialmente coberto, pode ser qualquer coisa – desde carne bovina frita, passando pelo carneiro e chegando ao camarão seco, caruru e coco.
Você pode ver os vendedores de acarajé nas ruas de São Paulo preparando a guloseima em uma panela cheia de óleo de palma fervente. Não é exatamente uma comida saudável, mas vale muito a pena experimentar pelo sabor e pela história.
O acarajé é na verdade uma variação brasileira do prato nigeriano conhecido como akara. Sendo mais um exemplo de receita trazida ao país pelos escravos africanos e adaptada às condições locais, é delicioso e simples de fazer. O acarajé é um lanche de rua perfeito, embora na cultura do povo iorubá, que inventou o prato, o akara seja preparado para celebrar uma vitória ou homenagear uma pessoa que faleceu.
Pouco mais que uma barraca de comida de rua, o Tabuleiro do Acarajé é o segundo espaço mencionado neste artigo que traz o nome de um prato em seu título. Assim como no caso do Maria Farofa Bar e Restaurante, isso sinaliza a excelência do quitute servido, algo confirmado pela nota de 4,7 no Google Maps, com cerca de 1.200 avaliações.
Apesar de o acarajé ser a especialidade da casa, há também uma variedade de outras opções de comida de rua, brasileira e estrangeira. Você pode comer ali mesmo, na hora, dentro ou fora, aproveitando a vista e o ambiente ao redor, ou levar seu pedido para outro local, como um dos parques de São Paulo.
Canjica. Imagem: Leo Rey. Licença: Creative Commons Attribution 2.0. Original recortado.
A canjica, também conhecida como mungunzá, é um tipo de mingau, geralmente composto por milho-branco (canjica, grãos de milho tratados), açúcar e leite de coco, além de um pouco de canela por cima para dar sabor. Variações da receita podem incluir leite condensado, baunilha, cravo e coco ralado.
Essa iguaria é mais um legado dos escravos africanos que chegaram ao país no século XVII. Mas, ao contrário dos exemplos anteriores, é doce. Mesmo que seja uma comida bastante farta, é muitas vezes considerada uma sobremesa.
A canjica está presente em praticamente todos os restaurantes de cozinha brasileira em São Paulo. Porém, tradicionalmente, é preparada e consumida durante as comemorações do meio do inverno. As festas juninas têm como foco a vida dos caipiras. Os homens aparecem de grandes chapéus de palha e as mulheres usam vestidos xadrezes de cor vermelha, celebrando tudo relacionado à agricultura.
O Empório Coisas de Minas é um café simpático em São Paulo, onde você pode tomar um lanche ou comer algo mais substancial. De qualquer forma, será uma visita memorável, expectativa que é apoiada pela nota de 4,7 no Google Maps e mais de 2.000 avaliações.
O espaço tem um ambiente distinto que remete ao Brasil do início do século XX. Além de oferecer a maioria dos itens básicos de uma cafeteria, o cardápio inclui pratos da culinária brasileira, portuguesa e espanhola, entre eles a canjica, a queijada e os churros – todos na seção de sobremesas. Se você gosta de doces ou aprecia um bom café, o Empório Coisas de Minas é um destino imperdível.
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